quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Cachoeira



A sorte foi lançada, a pedra atirada
Ao ímpeto a mansidão
ao julgamento a sabedoria
ao sacrifício o contentamento

Quando as águas descem a cachoeira
nada além do vento a toca
Gotículas se perdem no ar
Neblinando o local

Se há Sol, há arco-íris
se é noite, há som
e se há chuva, há uma dança

Contemplação natural da beleza
contemplação magnífica da existência
contemplação da contemplação

Águas a deriva do ciclo
águas que devem passar por ali
águas que devem existir
águas que vão e não voltam

Apenas águas
que passaram por terras, rios, oceanos
do mais profundo e inerte,
ao mais alto e tempestuoso

Águas das vidas passadas e das futuras
que agora me banham lavam meus pés
matam a sede, e me da vida

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