segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Nec Spe, Nec Metu




Neste quarto vazio
contemplo a fumaça que sai do cigarro com belas formas se espalhando pelo ar
contemplo o momento dedicado aos meus pensamentos
contemplo o sentimento de quietude onde palavras se tornam desenhos

Cada trago no cigarro um pensamento
Pensamentos que se perdem sem destino
Ao olhar o céu quase não vejo a lua
Nuvens escondem o seu brilho
Terra ainda molhada pela chuva que caiu
Traz vida ao amanhecer

Estrelas caem mas não a vemos
Estrelas morrem sem que percebemos
A vida dorme, contemplando a noite em silêncio
O vendo empurra suavemente as folhas

As nuvens brincam de pique-esconde com a lua
Esta por sua vez mantem-se serena na noite
Com um brilho amarelado
Inspira aos terrenos os mais diversos sentimentos
Estes todos os quais aprecio

Com velas acesas vejo sombras na parede
Às quais dançam timidamente
Hipnotizando meu olhar em suas curvas
Aos poucos se somam as sombras da lua

Não há força maior do que um desejo
Não força maior do que a vontade
Inexplicavelmente tudo que provém disto
Ganha imensa cooperação da natureza
Desde que seja verdadeiro dentro de si
Desde que lute, desde que tenha coragem

Nec spe, nec Metu
Sem esperanças, sem medo
Como realmente deve ser


Nenhum comentário: