domingo, 27 de julho de 2014

Indolência






Como poder explicar o lado intangível para aquele que jamais ousou sonhar a tocar
como explicar a escuridão para quele que nunca viu a luz
como explicar a indolência para aquele que jamais deixou de ser, sentir e agir

Eu gostaria que intendesse, não falta de amor ou interesse pela vida
é como se um objeto estivesse dominado pela inércia
Imagine um cubo pronto para ser lapidado
Esperando o empurrão de quem o acreditar, ele se moverá lentamente
mas imagine, se este cubo estive-se mais próximo de um formato de bola
seria mais fácil não?..

Devo dizer a ausência lapida em forma de quadrado,
a companhia em forma de uma bola com empurrões
Se entendesse como isto funciona, jamais o deixaria só em seu próprio corpo

Deitado olhando a revoada ao primeiro estouro
anestesiado em pleno exagero do próprio ser
um morto que reconhece a própria vida ou ausência dela

Amar, Odiar, Querer, tudo existe nesta consciência mórbida
porém nestes dias onde o remorrer é decorrente
a vida, não aquela criada por quem está morto,
mas a dos vivos, faz-se necessária para o renascer da morte

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