quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Nas sombras

Fui pego de jeito
ao deitar
não foi surpresa
cedo ou tarde aconteceria
então apenas aconteceu
meus pensamentos em ti
Não vou dizer se é bom ou ruim
a tempos que não sentia isto
mesmo porque eu não sei
como dizer as palavras,
simplesmente prefiro assim pensar
"apaixonado"
Mas hoje senti falta
como não poderia?
hoje pensei mais do que costume
os toques e carinhos
Então percebi
meus desejos
quero eu realmente isto?
ter-te em meus braços
Sim, mais do que a própria vida
pela eternidade. 
É a consequência de viver? ou
Filosofia da vida,
Viver é conquência?
mundos pelos quais
Apenas escrevo
as palavras ocultas e
espero
a visão além da poesia
Pelo dia de amanhã
você.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Demoniôs


Demônios                              internos
provisões,                     desejos
não sucumbem mais a razão
meus demônios internos violentos
cobiçadores de corpos vivos e latentes
prazer inerente a vida, causada pela morte
dor, pânico, sofrimento, dúvidas
viver, existir, habitar, alimentar, coexistir
caos, alteração da ordem natural das coisas
são meus os desejos ou princípios?
Princípios naturais de uma vida
vida esta oriunda a mim
corruptível homem
demoníaco

prazer em dor, prazer em sofrimento
sou meu demônio, sou minhas vontades
exista em mim enquanto o sague for a vida
sangue, vermelho líquido da vida presciosa
esperar pela morte não me faz viver
esperar para ser empurrado não me faz viver
Morri para mim a muito tempo
o prazer que tenho são os meus demônios
o prazer que tenho é a dor
o prazer que tenho é o sangue da vida
este sorriso envolto de sague
olhos inchados do choro que nunca sai
voz rouca do grito nunca solto
não há volta, não há vontade de voltar
Desejo mais, mais e mais
Desejo

Sangue


Encontra-se o objeto
Logo uma breve pausa
pressiona-o contra a pele
Dor, hesitação
prazer, as lâminas frias
riscos sugem
e nada

A lâmina não o feriu
agora mais forte
um pequeno corte aparece
será o suficiente?

Lentamente surge
prescioso e vermelho
a boca não resiste
direto ao seu encontro
e suga com furor
morde e chupa
sim, consigo sentir
consigo saboreá-lo
desejo mais e mais
continuo chupando
sede e sede cada vez mais

Percebo, o corte não foi suficiente
mesmo com furor ele cessa
sede e mais sede

Novamente as lâminas tocam a pele
agora com mais intensidade a dor aumenta
as mãos enfraquecem a ir e vir da lâmina
sente o raspar do fio com o tecido
o sangue surge mais rápido
novamente a boca o encontra
suga, chupa, tudo que pode
freneticamente eu o saboreio
suga, chupa morde
mas logo acaba

Desejo o novamente
para a primeira dose
não devo exagerar
então paro

Vejo as marcas
parecem demorar a cicatrizar
da próxima vez
 seringas
e agullhas

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Parasita


Pensamento corrosivo
loucura incircunstacial
leitura da morte interna
viagem paradoxal prolongada pela vida
termos sutis de uma mente

dúvida dúvida dúvida
viver viver viver

contradição humana
responsável por concequências
ação e reação 
inércia
motivos inóspitos
fatos questionáveis
alteração de uma convicção
momento eterno para uma mente
onde está o corpo quando cúmplice?

vontades desejos separados pelo humanismo
nada tão distante o deixa a beira desta loucura
morto-vivo, zumbi sanguinário
sua morte tão desejada quanto a vida
porém morto-vivo
vampiro parasita, suga o tempo
enfraquece sua alma
mente viva, morta por si

suicida suicida suicida
nitroglicerina exposta
radioativa

não merece o descanço do corpo
não merece alimentar-se da esperança
morra morra morra
nada mais merece tal assombro

Ponto



Minhas palavras, inúteis palavras
significados inexitentes diante da verdade
Uma representação sem sentido

Um suspiro, outro suspiro
a tentativa de libertar este instinto
Parte da lei natural, mais humano mais irracional

Ponto, extenção abstrata sem dimensão
encerra o período em questão
termo, situação, instante ou matéria?

Apenas ele e somente ele
representa o fim de uma expressão
na qual o silêncio pronunciou palavras
Minhas palavras, inúteis palavras

Ponto, egocêntrico
imunda sua volta
viagem para alguns
sugeira para outros

Representação natural
Representação essencial



Para você ... 

Ponto.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Eu acredito



Eu acredito em tudo que vejo,
em tudo que sinto
Eu acredito que existem ilusoes,
que existem verdades
Eu acredito em dor,
em paz,
em tudo que tenho

Eu acredito no que eu sinto
dizem que Deus é como o vento
você não pode vê-lo mas pode senti-lo
eu não sinto Deus,
Eu acredito no caos,
no destino
Eu acredito na vida,
na morte

Eu acredito no amor,
na loucura
Eu acredito na sombra,
na luz
Eu acredito no seu toque,
nos seus olhos

Eu acredito em tudo que tenho
sempre podemos contar com amigos
mas nunca podemos esperar
que eles nos entendam

Eu acredito em mim
na tristesa,
na alegria,
nas lágrimas que escondo,
no sorrizo que revelo

Eu acredito no tempo,
no espaço,
no momento

Eu acredito na companhia da solidão,
nos versos calados do silêncio,
no sentimento imune a razão
De uma esperança tola e vão

Eu acredito que quero mudar,
mas não quero faze-lo sozinho
Eu acredito que pessoas querem me ajudar
mas apenas quero uma
Eu acredito que não há motivos para nada
mas sinto-me feliz em criar os meus próprios
Eu acredito nestes versos que escrevo
mas acredito mais ainda nos que escondo

Eu acredito em toda loucura
das viajens da minha mente
eu acredito que são mais reais
do que a realidade que vivo

Eu acredito na minha dor de cabeça
no meu sono e indisposição
Eu acredito no céu azul
nas nuvens cinzas
Eu acredito no sol,
nos pássaros e seus cantos
Eu acredito na música que eu ouço,
no "Bom dia" do meu sobrinho

Eu acredito e vivo
Vivo acreditando no que sinto
e sinto você